domingo, 22 de maio de 2016

Carta de Pero Vaz de Caminha




Carta ao rei D.Manuel, comunicando o descobrimento da Ilha de Vera Cruz




 A Carta conhecida como "A Carta de Pero Vaz de Caminha" é também conhecida como "Carta a el- Rei Dom Manoel sobre o achamento do Brasil", é um documento no qual Pero Vaz de Caminha, escrivão de Pedro Alvares Cabral (descobridor do Brasil) registrou suas primeiras impressões sobre a terra descoberta.É considerado o primeiro documento escrito da História do Brasil. Assim, é considero o “marco zero” ou o pontapé inicial para a construção da História Brasileira após o descobrimento.
A Carta é datada em 1° de maio de 1500; a cidade onde estavam era Porto Seguro, e foi levada para Lisboa por Gaspar de Lemos, um grande navegador desse período.
Tal carta manteve-se conservada inédita por mais de dois séculos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Esse Arquivo está localizado em Lisboa, e existe no Estado português desde a Idade Média possuindo mais de 600 anos; é uma das instituições mais antigas de Portugal e uma das únicas ativas até hoje. Foi descoberta no século XVIII por José de Seabra da Silva, mais precisamente em 1773.
Em princípio, Caminha se desculpa pela Carta, a qual considera "inferior". O escrevente documenta os traços de terra e o momento de vista da terra (quando se avistou o Monte Pascoal, a que deu-se o nome de Terra de Vera Cruz)
O pedido que Caminha faz no último parágrafo da Carta é muitas vezes tido como a primeira tentativa de nepotismo em território brasileiro. O que se verifica é que, na verdade, Caminha apelou a D. Manuel para que libertasse do cárcere o seu genro, casado com sua filha Isabel, preso por assalto e agressão[2] . Eis o trecho final no qual o cronista faz o pedido:
"E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro—o que d'Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da vossa Ilha da Vera Cruz, hoje, sexta-feira, 1º dia de maio de 1500."


"Desembarque de Cabral" - Oscar Pereira da Silva
Pintor brasileiro (1865-1959)

Fonte de pesquisa:
Texto:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_a_El-Rei_D._Manuel
http://www.infoescola.com/historia/carta-de-pero-vaz-de-caminha/
Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_a_El-Rei_D._Manuel#/media/File:Carta-caminha.png
http://deniseludwig.blogspot.com.br/2013/04/arte-em-pinturas-na-historia-do.html

Pindorama


Pindorama. Palavra de origem tupi que significa terra das palmeiras. Pindorama era também como os povos ando-peruanos nomeavam esta terra em que hoje chamamos de Brasil, e que era habitada por milhares de diferentes povos. A estes povos, de línguas bem diferentes entre si, foram atribuídos nomes que muitas vezes não eram adotados por eles mesmos. Hoje, descendentes dos antigos povos como os krenak, os Pataxó, os mura, os maxacali, os xavante, os krahó, os Xacriabá, os karajá ou os ticuna vivem nas aldeias lutando para preservar sua língua, seus hábitos, suas tradições e sua própria terra. Dos milhões de índios que viviam no extenso território brasileiro estão apenas alguns mil. Matemática estranha, que em quinhentos anos não multiplicou o número dos índios: subtraiu.




A história de Pindorama teve início em 1908, quando o comendador Ferdinando Massimiliano Motta adquiriu do coronel Firmino de Araújo Aguiar.Ao chegar àquela que seria Pindorama, onde tudo era mata virgem, Ferdinando Motta encontrou, residindo na Fazenda Areia Branca, os irmãos Gonzaga (Francisco, Pedro e José), ou melhor, os “caboclos”, como eram conhecidos, os quais podem ser considerados os primeiros habitantes daquela pequena zona rural originária. Provavelmente, os irmãos Gonzaga eram descendentes de uma tribo indígena caingangue quase que completamente exterminada em 1864, quando tropas do exército imperial cruzaram a região com destino à recém-iniciada guerra do Paraguai e, não se sabe bem o porque, entraram em confronto com os indígenas locais. Ao que sabe, a maioria dos poucos sobreviventes refugiou-se na região da antiga zona da mata paulista, território no qual hoje está situado o município de tupã.